A situação da mobilidade humana na América Latina e no Caribe mudou. Nas últimas décadas é possível identificar um aumento significativo de pessoas deslocadas dentro da região como consequência do impacto das mudanças climáticas e da recorrência de desastres gerados por fenômenos naturais. A América Latina e Caribe são a segunda região do mundo mais propensa a fenômenos naturais e antrópicos capazes de derivar em catástrofes. Desde 2000, já ocorreram cerca de 1200 desastres, que afetaram 152 milhões de pessoas em toda a região. Esses fenômenos incluem inundações, furacões e tempestades, secas, avalanches, incêndios e temperaturas extremas (ONU, 2020).

É necessário que os sistemas educacionais estejam preparados e sejam resilientes às recorrentes catástrofes e aos efeitos das mudanças climáticas, que causam danos à infraestrutura e colocam em risco a vida de crianças e jovens (UNESCO, 2019). Por isso, a proposta deste encontro é analisar a relação que existe entre a educação para as mudanças climáticas, o planejamento para a proteção da infraestrutura educacional e das pessoas que dela fazem uso, e a atenção educacional a pessoas migrantes e refugiadas.

O evento é organizado pela Rede de Especialistas em Política Educacional do IIPE UNESCO. A RED é um espaço virtual que reúne profissionais da América Latina envolvidos na formulação, implementação e análise de políticas educacionais. Este é o terceiro evento síncrono do projeto "Planejamento Educacional Sensível a Crises", que propõe debates para reforçar as capacidades das autoridades do setor da educação na tarefa de realizar um planejamento sensível a crises.

A proposta deste webinar é apresentar o assunto sob a ótica dos especialistas a partir das seguintes perguntas:

• Por que é necessário analisar a relação entre as mudanças climáticas e a mobilidade humana?
• Que fatores da relação entre as mudanças climáticas e a mobilidade humana devem ser levados em consideração no planejamento educacional?
• Que tipo de medidas de prevenção, preparação e mitigação são necessárias para poder ter sistemas de educação mais resilientes?